Pior cego é aquele que não quer ver, certo? Não adianta protelar, ficar imaginando que poderia ser isso ou aquilo, buscando "desculpas" para justificar o comportamento ausente, frio da pessoa a quem gostamos. Pois quem ama, gosta, deve fazer isso bonito; sem medo. Ausência, frieza são umas das características de não envolvimento e muitas vezes covardia, medo de ser amado, amar.
Há pessoas que não sabem o que é amar ainda. Quando elas senten-se ameaçadas por tal sentimento, já começam a pôr em prática suas armas de defesa pra acabar com qualquer chance de o amor poder falar. Algumas pessoas tem medo de amar, e por conseguinte, não deixam que outros cheguem até elas. - Deve ser porque quando se ama, você pode perder o seu "chão", e há pessoas que só sabem viver estando no controle, sentindo-se firmes numa base, na sua zona de conforto. Perder o "chão" para elas é algo como serem estupradas; elas senten-se violentadas porque não mais são capazes de gerenciar seus sentimentos, pensamento ou atitudes. Já que elas só senten-se felizes, estando sentindo-se seguras e estar seguro é quando estão no controle de tudo. E o amor faz com que este controle se perca, ninguém controla mais nada, fazemos coisas movidos ao desejo de estar com o outro, passamos grande parte do dia pensando no outro, fazemos planos, vivemos de um modo que realmente é muito prazeroso, e por outro lado, é amedrontador; pois perde-se o controle do que se sente e vem o medo de não ser correspondido dentro do que se cria de expectativas na relação. Entao algumas pessoas por insegurança, traumas de relacionamentos passados no âmbito geral, acabam não se permitindo amar, serem amadas. Quando percebem que uma paquera, um ficar, um conhecer, etc, esteja parecendo perigoso; começa a ter ares de responsabilidade, atitudes são esperadas e cobradas, enfim, compromisso. Daí para quem não está preparado ou disposto; vem a alternativa mais fácil para o momento que nada mais é do que a famosa " hora de dar o fora". Cair o quanto antes é melhor do que depois.
Podemos dizer que isso é algo confortável. O homem muito já acostumado ao conforto, difícilmente irá fazer algo que exija dele sair de sua zona de tranquilidade.
Percorrer um caminho diferente, desbravar novos horizontes, saber o que se quer e ter compromisso com suas verbalizações é algo mesmo realmente para poucas pessoas. A grande maioria apenas vê a vida passar enquanto que uma minoria apenas vive a vida sem medo, pois como medo não se cai, tudo bem; mas também, não se voa. Viver é sofrer por amor, chorar, rir, cair levantar, se relacionar, viver é estar disposto a percorrer um caminho que não se sabe quando e onde irá findar-se. Porque tudo nesta vida, há um começo e fim. Mas no caminho, no meio do caminho, poderemos descobrir muitas coisas que justificarão ao chegarmos no final da jornada que tudo valeu a pena porque ousamos fazer a diferença, diferença na nossa vida e por consequência na vida de pelo menos uma pessoa porque dispusemos a percorrer um kilômetro a mais.
Se pararmos pra pensar um pouco poderemos nos deparar com umas questões que podem nos ajudar a identificar onde começa o kilômetro a mais que poderemos seguir:
- O que é ser ou não feliz pra mim - Quanto vale a minha felicidade - O que posso fazer - Até que ponto estou disposto ao trabalho, assumir o compromisso comigo e com o outro - Até que ponto estou disposto a pagar o preço para tê-la?
Questione-se e descubra o que realmente te faz feliz, descubra-se.
- Que venha este amor de dentro de mim; para um novo amor que saiba o que quer e que não tenha medo de correr o rísco de ser infeliz.
